O governo britânico está no centro de uma controvérsia devido a uma nova proposta de imigração que pretende expulsar a maioria dos imigrantes que chegam ao país de forma irregular. A medida, apresentada pelo premier Rishi Sunak, tem gerado críticas e comparações com práticas nazistas por parte de vozes diversas, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU) e o ex-jogador de futebol Gary Liniker.
A proposta, divulgada recentemente, visa proibir imigrantes que chegam ao Reino Unido de forma irregular de apresentar pedidos de asilo. Além disso, esses imigrantes ficariam impedidos de reingressar legalmente no país, podendo ser deportados ou enviados para “terceiros países seguros”. Essa medida tem recebido críticas de ONGs, da ONU e da oposição política, sendo até comparada a iniciativas nazistas.
Um dos principais pontos de preocupação é a possível violação dos direitos humanos, já que a proposta poderia privar os imigrantes de proteção internacional e de direitos legais. Além disso, a questão da viabilidade jurídica também é incerta, e o governo britânico admite que a iniciativa pode não estar em conformidade com leis de proteção aos direitos humanos e com a legislação internacional.
As travessias de imigrantes pelo Canal da Mancha têm aumentado significativamente nos últimos anos, o que levou o governo a buscar maneiras de conter o fluxo. No entanto, as críticas apontam que a implementação desse projeto poderia resultar em altos custos para um país já afetado economicamente pelo Brexit.
O debate sobre imigração e políticas migratórias é complexo e sensível, envolvendo questões humanitárias, legais e políticas. As mudanças propostas no Reino Unido destacam a importância de encontrar soluções que respeitem os direitos humanos e mantenham a integridade das leis internacionais em meio a um cenário de preocupações migratórias.